Peru já contabiliza 16 mortos por onda de incêndios em meio a uma seca severa com a crise gerando pressões contra o governo
A presidente do Peru, Dina Boluarte, declarou nesta quarta-feira estado de emergência em três regiões amazônicas afetadas por incêndios florestais, que deixaram 16 mortos e milhares de hectares de plantações destruídos. A mandatária resistia em declarar emergência e era pressionada pela imprensa e legisladores. As regiões em situação de emergência são Amazonas, San Martín e Ucayali, informou Boluarte, que responde aos pedidos das autoridades para aprovar a medida, que permite gerir e atribuir recursos adicionais para travar o avanço dos incêndios. Os incêndios florestais continuam no Peru. O Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci) indicou que, até ao momento, registaram-se 16 mortos, 140 feridos e 377 animais mortos.
Além disso, os balanços oficiais indicam que há 22 regiões afetadas, 30 incêndios ativos, 2.260 hectares de culturas perdidas, 3.374 hectares de cobertura natural destruídos e 4.698 animais afetados.

Os incêndios na Amazônia peruana têm afetado não apenas a ecologia regional, mas também a vida e a segurança dos moradores. As chamas continuam a destruir milhares de hectares de florestas, pondo em perigo a biodiversidade e assentamentos humanos próximos. Os incêndios também geraram consequências políticas, uma vez que vários legisladores solicitaram que a presidente permanecesse no país para fazer face à emergência, em vez de participar na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas. A intervenção da população tem sido fundamental na crise com alertas nas redes sociais e na ação imediata no combate aos incêndios com brigadas de voluntários. Nas ruas das cidades da Amazônia peruana, moradores fazem uso de máscaras para se proteger da densa fumaça.

FONTE METSUL