A doença varíola dos macacos, portadora do vírus Monkeypox causa uma doença com sintomas semelhantes à varíola comum, mas menos graves. Uma das características principais é a manifestação na pele, na forma de bolhas ou lesões que podem aparecer em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais.
Sintomas mais comuns da doença
Em geral, a varíola dos macacos começa com uma febre súbita, forte e intensa. O paciente também tem dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como “ínguas”), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região genital.
OMS também relata novos
sintomas da doença
A
apresentação clínica dos casos de varíola associada ao atual surto de varíola
dos macacos tem sido atípica em comparação com relatos previamente
documentados.
Segundo
a Organização
Mundial da Saúde (OMS),
muitos casos em áreas recentemente afetadas não estão apresentando o quadro
clínico descrito classicamente para varíola, que inclui febre, inchaço dos
gânglios seguido de erupção na pele.
As
características atípicas descritas incluem apenas algumas ou mesmo apenas uma
única lesão, ausência de lesões de pele em alguns casos, com dor anal e
sangramento.
Os novos sintomas também podem surgir como lesões na área genital ou do ânus que não se espalham pelo corpo, além de feridas que aparecem em diferentes estágios de desenvolvimento. Também tem sido relatado o aparecimento de lesões antes do início da febre, mal-estar e outros sintomas da doença.
Como é feito o tratamento
da doença
Segundo
a G1, os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado
nutricional adequado. Infecções bacterianas secundárias devem ser tratadas
conforme indicado.
Um
antiviral conhecido como tecovirimat, que foi desenvolvido para a
varíola comum, foi licenciado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para
varíola dos macacos em 2022 com base em dados em estudos em animais e humanos.
No entanto, o medicamento ainda não está amplamente disponível.
O Brasil
deve receber o medicamento para
ampliar o combate ao surto da doença a partir de parceria com a Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas). A informação foi confirmada pelo ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, na segunda-feira (1º).
Em estudos com animais, o tecovirimat demonstrou diminuir a chance de morte por infecções por ortopoxvírus, como o vírus da varíola dos macacos, quando administrado no início da doença.
Texto: Eduarda Mantovani
Foto: Divulgação