O Brasil é reconhecido há anos como uma referência mundial em termos de estímulos ao aleitamento materno, mas ainda busca avançar para garantir que as mães, principalmente aquelas que trabalham fora de casa, tenham condições para amamentar seus filhos pelo máximo de tempo possível.

A campanha foi designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como ‘Agosto Dourado’, por simbolizar a luta pela amamentação e a cor está relacionada ao ouro, padrão ouro de qualidade ao leite que vem da mãe.

A ação recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até pelo menos 2 anos de idade.

Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarréias, infecções respiratórias e alergias, além de outras doenças.

Atualmente existe uma lei que assegura o direito da mãe de amamentar. O art. 396 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. As mães privadas de liberdade, também possuem direito de alimentar o seu filho no peito.

Conforme dados divulgados pelo ministério, em 1986, o percentual de crianças brasileiras com menos de 6 meses alimentadas exclusivamente com leite materno não passava de 3%. Em 2008, já tinha atingido os 41%. Atualmente, a amamentação exclusiva chega aos 46%. Percentual próximo aos 50% que a OMS estipulou como meta a ser atingida pelos países até 2025. 

Coordenada pelo Ministério da Saúde, a iniciativa visa esclarecer e conscientizar a população sobre a importância da amamentação, e se insere na Semana Mundial do Aleitamento Materno, promovida pela Aliança Global pela Amamentação (Waba). Este ano, a campanha nacional, que tem como lema Fortalecer a Amamentação: Educando e Apoiando, foca não só nos pais, mas também em todos os trabalhadores da saúde.

Aumentar as taxas de amamentação no Brasil e no mundo pode salvar a vida de milhares de crianças com menos de seis meses de idade. O leite materno é essencial para o ser humano que está iniciando a vida, pois além de auxiliar no desenvolvimento de diversos sistemas da criança: imunológico, neurológico e metabólico, para as mães, também traz benefícios, entre eles, melhor recuperação do parto e menos risco de câncer de mama.

Texto: Eduarda Mantovani

Foto: Beto Rodrigues