Conforme o
conhecimento sobre inúmeras doenças avança, a busca por abordagens que possam
auxiliar na prevenção, diagnóstico e tratamento dessas doenças, torna-se ainda
mais precisa. Não é raro ouvir falar sobre biomarcadores, sobre suas
possibilidades e expectativas, e sobre a promessa do uso desses indicadores na
medicina personalizada do futuro.
O termo biomarcador
refere-se a ‘marcador biológico’. Em 1990, Hulka e colaboradores definiram os
biomarcadores como “alterações celulares, bioquímicas ou moleculares que são
mensuráveis em meios biológicos como tecidos humanos, células ou fluídos”.
Na
prática, um biomarcador inclui ferramentas e tecnologias que auxiliam no
entendimento da predição, causa, diagnóstico, progressão, regressão ou desfecho
clínico de um tratamento ou uma doença. O crescimento rápido das técnicas de biologia
molecular tem expandido a aplicabilidade dos biomarcadores, permitindo
abordagens específicas e dinâmicas das investigações clínicas para os diversos
tipos de biomarcadores disponíveis.
A história
Biomarcadores de
diversos tipos têm sido utilizados há muito tempo por epidemiologistas, médicos
e cientistas para estudar as doenças humanas. Ao longo do tempo, o conceito de
biomarcador foi sendo alterado e aprimorado, no entanto, sua aplicabilidade se
mantém em auxiliar no diagnóstico e manejo de diversos tipos de doenças.
Tipos de
biomarcadores
Os
biomarcadores ideais para utilização no diagnóstico e prognóstico, e para o
desenvolvimento de drogas e tratamentos devem ser altamente específicos e
sensíveis, podendo ser divididos em três tipos principais:
Biomarcadores farmacodinâmicos;
Biomarcadores de prognóstico;
Biomarcadores de predição.
Biomarcador farmacodinâmico
Você já entendeu o que é um biomarcador prognóstico e
preditivo, mas também vale a pena falar de outro tipo, que é o farmacodinâmico.
Mais especificamente, essa variante serve para avaliar a atividade de um
medicamento, até mesmo para provar a eficiência de um novo princípio ativo que
esteja sendo estudado, por exemplo.
Dessa maneira, esse tipo de pesquisa ou análise pode ser
usado para otimizar o esquema de administração de alguns medicamentos durante
as fases iniciais do programa de desenvolvimento de um remédio, sobretudo
durante os estudos in vitro, experiências com animais e ensaios clínicos das
mais diversas fases.
Biomarcador
preditivo
Esse tipo de análise ajuda, por exemplo, a identificar um
grupo de pessoas que tenha uma maior probabilidade de se beneficiar com uma
determinada terapia. Validar, gradualmente, mais biomarcadores desse tipo é
algo decisivo para melhorar a efetividade dos tratamentos de uma gama imensa de
diferentes patologias.
Biomarcador prognóstico
O chamado biomarcador prognóstico é aquele que serve para
identificar, em algum paciente, o seu risco para um resultado específico. Na
prática clínica, isso quer dizer que esse parâmetro serve, por exemplo, para
que o médico compreenda a progressão da sua doença ou a eficácia que um fármaco
está obtendo.
Com
esses dados, é possível manter as escolhas feitas, mudar o tratamento ou
alterar o planejamento, de forma que se possa
conseguir os melhores resultados para aquele indivíduo. Uma aplicação muito
comum é no câncer, e um biomarcador prognóstico pode ser definido como uma
única característica ou a assinatura de várias características diferentes.